No fundo do eu,
espectador do imaginário
e das contradições,
assisto o meu elenco
na passividade de plateia
que sou.
Figurante do que sinto
enceno os dias
na arena de coadjuvantes
que protagonizam
Cômica caixa cênica
em suspensão de descrença
que o auditório não vê,
embora pense que creia.
Parede imaginária
no invisível
deste pedaço de vida
a confundir o elenco.
Palco de invasores sentimentos,
nas coxias intransitáveis da alma,
que não vêm à cena.
Quarta parede a impedir o sim
quando a plateia
só enxerga o não.
Paulo Franco
http://sitedepoesias.com/poesias/55563
Um comentário:
Obrigado pelo carinho de publicar o poema. Abraços.
Postar um comentário